Advogado e presidente do Ferroviário Esporte clube de Parnaíba é condenado a 4 anos de prisão

 

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A Justiça Federal resolveu pôr ponto final, literalmente, na carreira de um advogado até então com gosto por luxo, ele foi condenado a 4 anos de prisão por integrar um esquema de fraudar aposentadorias no Piauí. O crime? Transformar o INSS em espécie de cashback previdenciário, com direito a bônus em honorários de 20% a 30% por “serviços”.


A acusação sustenta que o advogado se apropriou do sistema de aposentadorias rurais usando documentos falsificados e contratos com prefeituras locais, a tal promessa de reembolso com “cashback”, tudo para tirar vantagem do dinheiro público. O prejuízo para o INSS ultrapassa milhões de reais 🇧🇷.


A engrenagem do golpe


O esquema dava saltos de estado, indo além do Piauí, Maranhão, Ceará e até Goiás viram o mesmo modus operandi. A PF apreendeu recentemente cinco carros de luxo do profissional, que já havia perdido seis em fase anterior da operação Grima II, dentro das investigações da Operação Bússola.


Aqui vai a “receita do bolo”: um advogado articulava um gestor municipal, promete o reembolso, assina contrato e recebe uma parte como remuneração, tudo com documentos falsos e rateio com prefeitos. De um lado, o advogado de gravata. Do outro, o INSS com calote milionário.


Ironia judicial


É irônico, e levemente cruel, saber que quem ajudava a conceder aposentadoria, agora recebe punição. Mas só 4 anos? Um tempo relativamente curto para quem, segundo a investigação, movimentou riqueza que deixou milhares de brasileiros no prejuízo. E o mais bizarro: ao menos 38 benefícios falsos, avaliados em cerca de R$ 2,4 milhões, teriam sido concedidos pelo advogado e seu conluio com servidores do INSS.


Panorama dos estragos


O esquema geral causou um prejuízo estimado entre R$ 55 a R$ 56 milhões ao INSS, segundo investigações da PF desde 2021, envolvendo dezenas de advogados e servidores. Em operações anteriores como a Bússola, foram identificados quase 2 mil benefícios suspeitos e prisões de advogados, intermediários e servidores do INSS.


Porque ver um advogado riquíssimo acelerar processos para si, e não para seus clientes, soa como fraude com troféu.


Porque o “rebate” informal dado por prefeitos a esse advogado parece mais esquema de MLM que serviço jurídico ético.


E, por fim, porque é impossível não imaginar, será que essa “aposentadoria de luxo” serviu de trampolim para a frota de carros confiscados?

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