Lixão de Parnaíba: onde o silêncio da prefeitura fede mais que o próprio lixo
Quem diria que entre o aroma do café e o cheiro da fumaça tóxica, surgiria a mais inusitada atração da cidade: o "café da manhã no lixão". A ironia, claro, vem da criatividade popular nas redes sociais, que não perdoa o descaso público com o meio ambiente e a saúde da população.
A página SOS Mãe Rainha divulgou a visita de alguns secretários do prefeito, após muito barulho daquela localidade que já sofre com as contantes queimadas que acontecem na região do lixão de Parnaíba, com direito a moscas, fumaça densa e um espetáculo de guará-pretos fugindo da queimada. Nada mais “ambientalmente moderno”.
A vontade, no entanto, desses moradores é que o prefeito comparecesse ao local, ouvisse as pessoas e visse a realidade daquele lugar. Nenhuma resposta.
Conforme relatos da sociedade civil e moradores, o prefeito de Parnaíba chegou a marcar uma reunião com representantes, numa tentativa totalmente politizada de responder à pressão pública. No entanto, cancelou de última hora e apenas enviou os tais secretários municipais ao local, sem qualquer autoridade real para anunciar medidas concretas. Mais do mesmo, nada aconteceu.
A reunião no local, esvaziada e sem planejamento, terminou sem respostas e sem compromissos. Nenhuma proposta, nenhuma data, nenhum plano emergencial foi apresentado.
A crítica escancara o abandono do município com a gestão de resíduos sólidos. Apesar da sentença judicial exigindo o encerramento do lixão e a adoção de um sistema adequado de destinação do lixo, conforme determinada pelo Ministério Público do Piauí, o cenário é de calamidade: queimadas ilegais, céu tomado por fumaça tóxica e comunidades vizinhas convivendo com riscos à saúde e ao meio ambiente.
Em maio deste ano, o MPPI já havia obtido decisão judicial obrigando a prefeitura de Parnaíba a desativar o lixão e a promover ações ambientais corretas. Como se não bastasse, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) também emitiu alerta formal ao prefeito, citando irregularidades e descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Nada disso, no entanto, parece ter surtido efeito prático. A cada manhã, o que se vê é uma cortina de fumaça encobrindo não só o céu de Parnaíba, mas a transparência, a responsabilidade e a vontade política de resolver um problema que afeta diretamente a saúde pública.
Se o sarcasmo virou arma nas redes, é porque o abandono virou regra no poder público. Talvez, quem sabe, seja mesmo necessário um “café da manhã no lixão” — com todos os secretários, vereadores e o próprio prefeito — para que sintam na pele (ou nos pulmões) o que a população enfrenta todos os dias.
A página SOS Mãe Rainha divulgou a visita de alguns secretários do prefeito, após muito barulho daquela localidade que já sofre com as contantes queimadas que acontecem na região do lixão de Parnaíba, com direito a moscas, fumaça densa e um espetáculo de guará-pretos fugindo da queimada. Nada mais “ambientalmente moderno”.
A vontade, no entanto, desses moradores é que o prefeito comparecesse ao local, ouvisse as pessoas e visse a realidade daquele lugar. Nenhuma resposta.
Conforme relatos da sociedade civil e moradores, o prefeito de Parnaíba chegou a marcar uma reunião com representantes, numa tentativa totalmente politizada de responder à pressão pública. No entanto, cancelou de última hora e apenas enviou os tais secretários municipais ao local, sem qualquer autoridade real para anunciar medidas concretas. Mais do mesmo, nada aconteceu.
A reunião no local, esvaziada e sem planejamento, terminou sem respostas e sem compromissos. Nenhuma proposta, nenhuma data, nenhum plano emergencial foi apresentado.
A crítica escancara o abandono do município com a gestão de resíduos sólidos. Apesar da sentença judicial exigindo o encerramento do lixão e a adoção de um sistema adequado de destinação do lixo, conforme determinada pelo Ministério Público do Piauí, o cenário é de calamidade: queimadas ilegais, céu tomado por fumaça tóxica e comunidades vizinhas convivendo com riscos à saúde e ao meio ambiente.
Em maio deste ano, o MPPI já havia obtido decisão judicial obrigando a prefeitura de Parnaíba a desativar o lixão e a promover ações ambientais corretas. Como se não bastasse, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) também emitiu alerta formal ao prefeito, citando irregularidades e descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Nada disso, no entanto, parece ter surtido efeito prático. A cada manhã, o que se vê é uma cortina de fumaça encobrindo não só o céu de Parnaíba, mas a transparência, a responsabilidade e a vontade política de resolver um problema que afeta diretamente a saúde pública.
Se o sarcasmo virou arma nas redes, é porque o abandono virou regra no poder público. Talvez, quem sabe, seja mesmo necessário um “café da manhã no lixão” — com todos os secretários, vereadores e o próprio prefeito — para que sintam na pele (ou nos pulmões) o que a população enfrenta todos os dias.
