Saúde municipal de Parnaíba sempre esteve na UTI há tempos

 


A saúde municipal de Parnaíba em 2025 não está em crise — ela apenas continua morrendo aos poucos, como sempre. A diferença é que agora o colapso deixou de ser invisível: postos sucateados, profissionais em greve e pacientes à própria sorte. Nada disso é novidade. A única coisa que muda é o discurso de quem senta na cadeira do Palácio Simplício Dias — a negligência, essa, permanece firme, como tradição de governo.


A crise já existe há tempos, quase um problema crônico. 



Greve da Saúde em Parnaíba


Contexto e histórico recente


No início de abril, profissionais da saúde municipal — incluindo médicos, enfermeiros, odontólogos e auxiliares — realizaram uma paralisação de advertência, protestando contra condições de trabalho precárias e salários defasados por 11 anos .


O Sindicato dos Servidores Municipais de Parnaíba (SINDSERM) protocolou ofícios em fevereiro e março, mas não obteve resposta da gestão do prefeito Francisco Emanuel .



Indício de greve e agravamento da crise


Em 22 de maio, após uma reunião com o procurador-geral que resultou em resposta considerada “vazia e rasa”, o sindicato anunciou indicativo de nova paralisação .


Na sexta-feira, 23 de maio, servidores cruzaram os braços anunciando possibilidade de greve por tempo indeterminado, em protesto contra a defasagem salarial (há cerca de 14 anos) e a falta de infraestrutura .


Greve declarada irregular


A greve, que já havia sido deflagrada anteriormente, foi declarada irregular pela Justiça do Trabalho ou Tribunal de Justiça, com ordem de retorno imediato aos trabalhos sob pena de multa por dia de paralisação .


Raízes do problema: deficiência crônica na saúde municipal


Há relatos recorrentes de falta de medicamentos, equipamentos quebrados, unidades com estrutura precária e assédio institucional contra servidores .


Fiscalizações ainda apontam uso impróprio de macas, ambulâncias inoperantes e más condições em hospitais estaduais que afetam diretamente o atendimento municipal .


É recorrente a chamada para recomposição salarial e melhorias de infraestrutura, com denúncias de negligência na destinação dos recursos públicos, já que a prefeitura teria privilegiado aluguéis milionários e gratificações, enquanto o setor de saúde segue em colapso .


O que está em risco?


A continuidade do atendimento à população, especialmente nas Unidades Básicas de Saúde e no pronto-socorro, caso a greve prossiga .


O desgaste da confiança pública: servidores denunciando assédio, infraestrutura precária e ineficiência na gestão.

Salários Defasados há 11–14 anos

Infraestrutura Falta de estrutura física, medicamentos, equipamentos

Ações sindicais Paralisações em abril; indicativo de greve em maio

Resposta da prefeitura Negativa ou ineficaz

Decisão judicial Greve declarada irregular, retorno obrigatório

Risco Comprometimento do atendimento básico à população




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Balanço final


A greve na saúde municipal de Parnaíba é sintoma de uma crise estrutural: falta de investimentos, desvalorização profissional e gestão financeira controversa. A declaração de ilegalidade da greve, com ordem judicial, torna ainda mais urgente que a prefeitura e o sindicato dialoguem — não apenas sobre salários, mas sobre o futuro da saúde pública no município.


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