Com a Série D já perdida, resta ao Tubarão conquistar o troféu Simpatia

Imagem Parnahyba 

Eliminado da Série D, o Parnahyba volta a campo neste sábado (27) com um objetivo curioso: deixar uma “boa impressão”. Isso mesmo. Segundo o técnico Betinho Nascimento, o time — que não venceu uma única fora de casa — entrará em campo contra o Imperatriz com o “comprometimento” de sair de cabeça erguida. Porque se não der pra subir, que ao menos desça elegante.

A fala do comandante soa como aquele famoso “vamos manter a dignidade” das festas em que o bolo já acabou e as cadeiras estão sendo empilhadas.

Apesar da eliminação, o grupo está motivado e comprometido com o clube”, disse Betinho ao GP1, com um ar de quem acredita que o futebol vai muito além do placar, ou, ao menos, precisa parecer que acredita.

O discurso é nobre. Mas será que não beira o autoengano institucionalizado? Buscar pontos positivos após a eliminação virou um esporte à parte no futebol brasileiro. A cada fim de campeonato, multiplicam-se os "aprendizados", os "ganhos de experiência" e os "olhares para o futuro". Tudo muito bonito — no papel.


Enquanto a torcida do Tubarão se despede mais uma vez sem o gostinho da classificação, resta torcer para que o tal “bom desempenho” prometido para o jogo final renda, no mínimo, bons vídeos para o DVD, ou quem sabe um story motivacional no Instagram do clube.


O adversário, Imperatriz, esse sim ainda tem algo a disputar. Mas o Parnahyba promete entrar com seriedade. Porque dignidade, no futebol piauiense, é uma moeda que nunca desvaloriza. Ponto positivo? Talvez. Mas seria injusto chamar de fantasia, é mais uma tradição. Ou, como dizem nas arquibancadas: “perdemos, mas saímos com honra”.


E no fim das contas, torcedor, vale a pena sonhar, mesmo acordado.

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