Falta de placas e salva-vidas marca nova morte por afogamento em Parnaíba


Foto: Clube news 


uma mulher morreu afogada na manhã desta segunda-feira, 28, na Praia da Pedra do Sal, um dos pontos turísticos mais conhecidos do litoral piauiense. Segundo informações de testemunhas, a vítima foi levada pelas fortes correntes enquanto estava na faixa de pedras, área conhecida por sua periculosidade. Ainda tentaram socorrê-la, m



as não havia salva-vidas no local. A chegada do resgate foi tardia.


O caso reacende um alerta antigo, a ausência total de sinalização e de equipes de salvamento na Pedra do Sal. Mesmo sendo uma das praias mais visitadas de Parnaíba, com grande fluxo de moradores e turistas, não há qualquer estrutura de segurança para prevenir afogamentos ou orientar banhistas.


E não é a primeira vez.


Nos últimos anos, diversos casos semelhantes aconteceram nesse mesmo local. Em março deste ano, um jovem identificado como Kaique, de 20 anos, desapareceu ao ser arrastado por uma correnteza.

Foto: G1


O corpo só foi encontrado no dia seguinte. Em novembro de 2024, uma jovem de excursão também perdeu a vida. Em 2020, outro turista morreu afogado após bater nas pedras, e uma mulher só não teve o mesmo destino graças à ação de populares.

São tragédias que se repetem diante da indiferença do poder público. Não há placas alertando sobre áreas perigosas, não há bandeiras indicando o nível de risco do mar, não há sequer um posto com salva-vidas nos dias de maior movimento. As mortes seguem sendo tratadas como fatalidades isoladas, quando na verdade são o resultado direto do abandono.

A beleza da Pedra do Sal contrasta com a negligência. Não se pode mais aceitar que a única estrutura presente seja a dos quiosques e barracas. A vida de quem frequenta a praia precisa ser prioridade. Não bastam homenagens póstumas, é preciso ação.

Enquanto não houver medidas concretas, como instalação de sinalizações, presença obrigatória de salva-vidas e campanhas de orientação, o mar continuará levando vidas. E cada nova tragédia será mais um grito ignorado pelo poder público.

Parnaíba não pode seguir naturalizando a morte no mar.

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