Cocal: Alok não vem mais, prefeito vai recorrer

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Foto: reprodução 

A Justiça no Piauí decidiu suspender o show do DJ Alok e de outras atrações programadas para o festival “Festejos do Povo” em Cocal, cidade de cerca de 28 mil habitantes que havia decretado estado de calamidade financeira em janeiro até julho, a decisão liminar foi proferida pelo juiz Anderson Brito da Mata nesta quinta-feira, dia 7 de agosto de 2025, a partir de um pedido do Ministério Público, o magistrado constatou que mesmo diante de falhas graves na prestação de serviços essenciais como saúde e abastecimento de água, e diante de bloqueios judiciais por contas zeradas.

DJ Alok


A prefeitura ainda planejava gastar cerca de R$ 1,84 milhão com atrações, inclusive destinando R$ 800 mil para Alok, R$ 650 mil para Natanzinho Lima, R$ 250 mil para Hungria Hip Hop e R$ 140 mil para Anjos de Resgate, mesmo sem investir em itens básicos como um respirador que custaria apenas R$ 5 mil, o juiz achou desproporcional o gasto com shows em face da vulnerabilidade fiscal, destacou ainda que não foram apresentados documentos que comprovassem que os recursos viriam do Estado ou de emendas já vinculadas à finalidade dos eventos, ele também determinou a retirada imediata dos outdoors com imagem do prefeito e da primeira-dama, entendendo que se tratava de promoção pessoal em evento financiado por dinheiro público, estabeleceu multa diária de R$ 3 milhões ao prefeito em caso de descumprimento da suspensão dos shows, e multa de R$ 50 mil por dia, para cada um, caso os outdoors permaneçam, cabe ainda recurso, mas o cenário expõe a tensão entre arrecadação fiscal reduzida, crises estruturais e escolhas políticas de visibilidade pública em detrimento de necessidades urgentes da população 


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