O "forasteiro" que virou da casa: alianças políticas e seus romances inesperados
Não é pra menos que chamaram o nobre deputado Dr. Hélio de forasteiro, e olha que foi lá em outubro de 2024, durante um comício, que a deputada Gracinha Mão Santa não economizou: "Para mim, Dr. Hélio é um forasteiro e nunca confiei nele..." . Uma alcunha digna de uma telenovela política: difícil de derrubar, fácil de rememorar.
Avançamos para agosto de 2025, e lá está o estimado parlamentar, com toda a serenidade de quem acabou de descobrir que o MDB agora inclui também aquela mesma deputada que o rotulou. Ele, todo ético, diz: “Quem decide a eleição é o povo”, e acrescenta, com toda modéstia, que trabalha “demais” para mostrar seu compromisso . Afinal, quem não ama um bom trabalho... sobretudo quando vem acompanhado de filiação partidária estratégica?
E quando lhe perguntam sobre as disputas calorosas entre Gracinha e o prefeito Francisco Emanuel? O deputado, claro, chora pelos cantos de Parnaíba por brigas “lamentáveis” e “absolutamente fora de qualquer razoabilidade”. Reforça que essas lidinhas pessoais nada têm a ver com sua “responsabilidade com o povo”. Uma forma elegante de dizer: “você ali, brigando; eu, aqui, fazendo política com sotaque multidisciplinar” .
O resultado? Um "forasteiro" que, sem perceber, virou peça-chave da base governista; uma figura que antes era sinônimo de dúvida e hoje se gaba de “mostrar a verdade”, enquanto se diz “absolutamente tranquilo”. Quanta volte-face tão serena! Afinal, política é como pantomima: o que vale é manter o sorriso enquanto se muda o roteiro
