Parnahyba entre dívidas, atrasos e promessas não cumpridas
Tubarão entre dívidas e desconfianças
![]() |
| Foto Time Instagram |
O Parnahyba vive mais uma vez um daqueles enredos que se repetem com teimosia no futebol piauiense. Jogadores denunciam salários atrasados, metade do mês de julho ainda sem pagamento, além da falta de suporte médico em casos graves de lesão. Situação que revela não apenas falhas administrativas, mas a fragilidade de um clube que insiste em sobreviver na base do improviso.
A memória recente mostra que não é um episódio isolado. Em 2023, às vésperas de disputar a Copa do Brasil, o time chegou às páginas nacionais não pelo desempenho em campo, mas por uma dívida de pouco mais de quatro mil reais em uma padaria. A cena, quase caricata, dizia muito sobre a realidade de um clube que luta contra a escassez de recursos e a ausência de planejamento sólido.
No comando, Eureliano Barros foi aclamado presidente para o triênio 2024-2027, em uma eleição sem concorrentes. Sob sua gestão, o Parnahyba chegou a dois vices no estadual, o que para alguns pode soar como resistência, mas para outros apenas reforça a sensação de estagnação. O fato é que a continuidade no poder não se traduziu em evolução estrutural.
O futebol do litoral piauiense sempre carregou esse estigma de fraqueza e abandono. A distância dos centros de decisão, a dificuldade de atrair investimentos e a constante negligência institucional contribuíram para que projetos se perdessem pelo caminho. O Parnahyba, mesmo com tradição e torcida, nunca conseguiu romper esse ciclo.
Entre dívidas pequenas que ganham proporções gigantes e denúncias de jogadores que não encontram respaldo, o clube segue retratando a condição do futebol piauiense: marcado por esforços individuais, mas sabotado por décadas de descaso e falta de visão.
