Praça da Graça: do pelourinho e dos açoites aos escravos à visita turística
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| Foto: João C Moreno |
O pelourinho era um símbolo do poder colonial português, usado para castigo público e também para marcar a autoridade na cidade, geralmente localizado nas praças centrais das cidades coloniais. Em Parnaíba, o pelourinho mais conhecido e documentado ficava na Praça da Graça, sim, mas com um significado mais simbólico do que funcional, já que a cidade teve uma importância administrativa, mas não foi centro de grandes punições públicas como em cidades maiores.
Ou seja: a Praça da Graça é um lugar histórico que pode ter abrigado um pelourinho, sim, mas não há muitos detalhes ou evidências de que funcionasse como um local frequente de castigos.
A Praça da Graça, como conhecemos hoje, foi fundada em 1917 pelo intendente Nestor Veras. Antes disso, a área era conhecida como Lagoa da Onça e, posteriormente, Largo da Matriz. Com o tempo, a praça se tornou um importante ponto de encontro e lazer para os parnaibanos, além de ser palco de eventos históricos, como o grito da independência do Brasil na cidade, em 19 de outubro de 1822.
No pelourinho da Praça da Graça em Parnaíba, como em outros pelourinhos coloniais do Brasil, ocorria principalmente a aplicação de punições públicas — o que incluía castigos como açoites, exposição ao ridículo e até mesmo a prisão temporária. Esses locais funcionavam como símbolos do poder municipal e da justiça colonial, onde se punia infrações consideradas graves, especialmente para manter a ordem na vila.
Além disso, o pelourinho era um ponto central para a realização de eventos públicos importantes, como pronunciamentos oficiais, reuniões e manifestações de poder da autoridade local.
Em Parnaíba, o pelourinho ficava num largo que hoje é a Praça da Graça, e, embora não haja registros detalhados sobre casos específicos, é muito provável que tivesse essa função tradicional, ou seja, um local de punição e também de exposição pública para marcar a autoridade


