Barbatanas de tubarão e cavalos-marinhos congelados no Piauí

 



No litoral do Piauí, uma cena de horror ambiental foi descoberta pelas autoridades: caixas repletas de barbatanas de tubarão e um freezer abarrotado de cavalos-marinhos. O flagrante, além de bizarro, revela a brutalidade de um mercado clandestino que se alimenta da morte silenciosa dos oceanos.


As barbatanas, arrancadas de predadores que regulam o equilíbrio marinho, simbolizam a prática cruel do finning, em que o animal é mutilado e descartado para morrer. Já os cavalos-marinhos, frágeis e raros, estavam congelados, reduzidos a mercadoria de prateleira. Ambos são espécies protegidas, e sua captura, transporte e comércio sem autorização configuram crime ambiental.


O impacto vai além da crueldade: ao eliminar tubarões, quebra-se a cadeia alimentar que sustenta recifes e populações pesqueiras. Ao dizimar cavalos-marinhos, perde-se um dos mais importantes indicadores da saúde costeira. Cada barbatana e cada animal congelado representam não apenas vidas marinhas interrompidas, mas ecossistemas inteiros à beira do colapso.


As autoridades destacam que o tráfico de fauna e flora é uma das maiores redes criminosas do mundo, muitas vezes ligada a contrabando internacional. A apreensão no Piauí expõe que o litoral brasileiro não está imune a essa engrenagem.


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