Sargento no Piauí é condenado pelo furto de um perfume

 


Um sargento da Polícia Militar do Piauí foi condenado a mais de quatro anos de prisão por furtar um perfume Malbec. Um policial, armado e fardado, usando uma chave falsa pra invadir casa de civil e roubar um frasco de perfume. É isso. A cena dispensa metáforas, é o retrato cru da degradação institucional.


Quando o crime vem de dentro da própria polícia, não é um deslize: é uma ferida exposta. Porque a PM vive exigindo respeito, mas parece esquecer que respeito não se impõe com arma na cintura, se conquista com conduta. E conduta é o que tem faltado em muitos quartéis.


O caso do sargento Mota é mais do que vergonhoso: é simbólico. Mostra que há uma parte da corporação que se acostumou a confundir autoridade com impunidade. O sujeito que devia proteger o cidadão vira ladrão de perfume, e a farda, que deveria representar ordem, vira disfarce pra delito.


E não adianta vir com o discurso de “caso isolado”. Cada vez que um policial rouba, agride ou abusa do cargo, ele arrasta junto a credibilidade de toda a instituição. O cidadão não enxerga o indivíduo: vê a farda. E quando essa farda fede a corrupção, o cheiro se espalha.


A verdade é que a Polícia Militar do Piauí sai menor desse episódio. Porque não foi só um perfume que se perdeu, foi mais um pedaço da moral que escorreu pelo ralo, junto com a pouca confiança que ainda restava.

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